domingo, 23 de maio de 2010

All my life I pray for someone like you.

Foi numa tarde de sábado. Não, foi antes, numa noite de quarta feira. Era fim de tarde, o sol começava a se pôr. Logo que ele me viu, veio puxar assunto, e eu logo vi que as intenções eram as mesmas. O tempo passou, e sentimento veio meio de repente, meio inesperado, meio arrebatador. Eu não evitei, fui me entregando aos poucos, ganhando segurança, e quando dei por mim, já não era eu. Na verdade era eu sim, era um eu monstruoso, capaz de qualquer coisa pra não perder o que eu tinha conquistado. Mas o esforço não valeu de nada, EU PERDI. Perdi exatamente porque não soube perder. Foi então, nessa tarde de sábado, que eu notei que eu o que eu sentia não era o mesmo que ele sentia. Ele era meu abrigo, era minha proteção do mundo. Ele defendia meus loucos ideais porque ele os tinha como forma de ver a vida. Ele era o que eu mais precisava naquele momento. Mas talvez, pra ele, era muito desgastante me proteger de tudo. Então ele desistiu. E se foi, levando com ele meus anseios, minha esperança, e uma parte do meu coração. Hoje ele disse que vive de mudanças repentinas, de aventuras. Então ele realmente pôde, por alguns instantes, ter me amado.

Eu achei.

Eu achei que soubesse o que era amor. Achei que o conhecia, que sabia do que se tratava. Achei que vivia amores, achei que eram infinitos e incondicionais. Achei que não haveriam limites de tempo ou espaço para ele, achei que ele fosse auto-explicativo. Achei que só um olhar seria suficiente, achei que só um abraço pudesse dizer tudo. Achei que deveria evitar ao máximo certas situações para não desgastarem minha relações. Achei que fosse expontâneo, que fosse uma revolução de sentimentos inabaláveis e jamais pudesse impedi-los.
Sim, eu pude. Mas não quis. Não sei se posso explicar o que eu senti, mas quando eu olhei pra você me veio uma vontade de estar do teu lado, ali naquele momento, naquele lugar. Eu ainda não te amava, mas sabia que poderia se tornar algo muito grande se eu permitisse. E eu permiti, eu quis permitir, permiti porque eu QUIS e não me arrependo. Então tive medo que algo acontecesse e num piscar de olhos você se fosse, com a mesma velociadade com a qual apareceu, principalmente quando as situações vieram. E vieram tão rápido! Mas me surpreenderam. VOCÊ me surpreendeu. EU surpreendi a mim mesma quando fui firme, quando segurei tua mão e, contrariando o que tudo ao meu redor falava, eu disse: VAI DAR TUDO CERTO!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Respirar por Sugar.m

Parei de respirar
Já não fazia mais sentido
Tentar voltar agora
Quando a escuridão já me dominava

Não sentia minhas mãos
Não sentia meu corpo
Aos poucos fui deixando
De sentir meu coração

E fiquei sem o sentir
Por muito tempo ainda
Até o ter de novo
Entre meus gritos
Que ecoavam no silêncio

Nesse momento minha mente
Também não funcionava mais
Meus olhos mentiam
E meus ouvidos também

Então o vi, o toquei e senti
Ele estava lá, tão frio como o vento
E eu o queria de volta

E eu o segurei
Com toda a força que havia em mim
Com medo de esquecer
Como se respira outra vez